viernes, 22 de octubre de 2010

AMALIA

COM QUE VOZ

Luis Camoes - Alain Oulman

Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, poi se mudou
em tisteza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.



Estranha formade vida, ( 1965)



Letra: Amália Rodrigues
Música: Alfredo Marceneiro

Estranha forma de vida

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vives de vida perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vives perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais

Se não sabes onde vais:
para, deixa de bater,
eu não te acompanho mais.

Extraña forma de vida (En castellano)
- Mi traducción -

Fue por voluntad de Dios
que yo vivo en esta ansiedad
que todos los ayes son míos,
que es toda mía la aflicción.
Fue por voluntad de Dios.

Que extraña forma de vida
tiene este corazón mío:
vives de vida perdida.
¿Quién le daría el don?
Qué extraña forma de vida

Corazón independiente
corazón que no comando:
vives perdido entre la gente,
tercamente sangrando,
corazón independiente.

Yo no te acompaño más:
para, deja de latir.
Si no sabes adonde vas,
por qué porfías en correr,
yo no te acompaño más.

Si no sabes donde vas:
para, deja de latir,
yo no te acompaño más.

No hay comentarios:

Publicar un comentario